Rio Maia Castêlo

A proposta caracteriza-se pela construção de um edifício de habitação coletiva, implantado nos limites do terreno que confronta com uma rede viária já existente e outra a construir, deixando no logradouro espaço para uma zona verde de utilização privada, resguardada das confrontantes.

O edifício preserva uma imagem contemporânea já existente na envolvente, implantado numa zona habitacional de menor densidade populacional na periferia da cidade da Maia, com características apropriadas ao bem-estar e conforto habitacional, revelando-se assim ideal para o programa proposto.

O programa é totalmente habitacional, em que a cave está destinada a aparcamento automóvel privado e zonas técnicas, sendo que os restantes pisos são destinados a 36 frações de habitação, 9 por cada piso acima da cota de soleira, variando nas tipologias, divididos por 8 frações T1, 12 frações T2 e 16 frações T3.

As frações contam com espaços generosos, com iluminação natural e uma organização que distingue a zona social da zona privada nas tipologias.

Os alçados apresentam uma componente plástica variada, mas coerente, pela escolha de materiais que contrastam entre si nas formas e texturas, mas que se complementam no que toca a tons e materialidade. A horizontalidade do edifício é representada através de palas salientes que percorrem os alçados de forma dinâmica e contínua, ora horizontais, ora verticais, originando privacidade entre frações e ensombramento nas varandas, revestidas em cerâmico em tons de castanho, dinamizando assim a imagem do edifício.

As caixilharias adotadas funcionam de acordo com o espaço interior a que se referem, variando pelo tipo de vão e funcionamento, e pela métrica que compõe tanto os alçados como a proporção em relação ao conjunto edificado, procurando compor o alçado com dimensões ‘standard’ para uma imagem mais regularizada e integrada com as palas propostas.